terça-feira, 3 de maio de 2011

Sobre guarda-chuvas.

Noutro dia estava a chover deveras
Era uma dessas tardes tão paulistanas.
E eu, a ver tantos guarda-chuvas
Comecei a pensar sobre tudo isso,
Cada gota que caía era um pensamento que surgia.

Aqueles objetos, tão simples
Com uma direta haste e uma triste tela
Parecem proteger as pessoas das vidas delas.
Mesmas pessoas que, sem eles estariam tão tristes,
Sob sua proteção são outras.

Queria eu ter uma proteção assim para todas as más coisas.
Façam-me guarda-sofrimentos, guarda-dores
Guarda-tristezas e guarda-corações-partidos.
E deixem que sobre mim chova alegria, que caiam os amores,
Que sempre ao meu lado fiquem meus queridos.

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