terça-feira, 19 de outubro de 2010

Adverbial

Querida, você é tão adverbial
Trazendo consigo circunstâncias
As quais mudam demais meu amor.

Causa sempre a minha eterna dor
Sofro porque deixou-me sozinho
E encheu de dores meu coração.

É a condição para meu viver
Sofro tanto se não lhe vejo
Minhas saudades me derrubam.

O fim de todas minhas ações
É para que eu faça-lhe feliz
Para ver aquele seu sorriso.

Admito que posso te perder
Amar-lhe-ei, embora nunca me ame
Te aceito então, eterna solidão.

Eis a relação entre nossas vidas
O sofrimento aumenta demais
À medida que o tempo se vai.

Ninguém comparar-se-á contigo
E eu nunca serei como ele foi
Nunca satisfarei seus desejos.

Não a valorizei o suficiente
Perdi sua mão para outra mão
Conforme era esperado de mim.

Por quanto tempo hei de sofrer?
Me diz quando vai voltar aqui
Que é menos tempo que o que sofri.

Vivo por influência de ti
E por ti derramei tantas lágrimas
Que enferrujei meu coração.

Adverbial

O que você me sentir é mais que normal,
por completo, você me modifica.
Deixa meu sorriso diferente
e meu coração passa a bater acelerado.
Apaixonei-me, desse modo, em perso e vrosa,
pois brilhas mais que um raio-de-sol,
és graciosa como um rouxinol
e tens a delicadeza d'uma pétala-de-rosa.
Transformas em certo o que era errado
e, de repente, me faz viver mais contente.
Dar-te-ei, simplesmente, uma dica:
Você é, de fato, mais que adverbial.