Havia uma mulher na TV.
Uma mulher que cantava e dançava.
Todos paravam para a ver.
E cantavam e dançavam.
Tudo o que fazia,
todo mundo repetia.
Tornou-se febre, sensação.
Quase religião.
E seus seguidores cresciam.
A amavam cegamente.
Mas um rapaz achava isso estranho.
"como não veem que são apenas um rebanho?"
Ele mudaria o mundo,
mostraria a todos o que acontecia.
De início, desconfiavam.
Chamavam-no de louco.
Mas pouco a pouco,
um a um, acreditaram.
Iniciou-se a revolução.
Um rapaz, guiando a nação.
Ele era aclamado,
e ergueu seu punho como se ergue um cajado.
Todos o seguiam, um conjunto de animais.
Para se tornarem individualmente,
iguais.