sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Na chuva.

Enquanto caminhava rumo ao trem, embaixo desse sol escaldante, é que ela veio. Forte e rápida a chuva caiu torrencial do céu. Um grupo se escondeu embaixo do guarda-chuva de um deles. Alguns outros protegeram-se com suas blusas ou com jornais. Boa parte correu da água. Um grupo que não tinha pressa se escondeu embaixo do viaduto, para esperar a chuva passar. Alguns praguejavam, outros calavam. Mas não vi ninguém, nem aqui nem ali, nem quem vinha nem quem ia, nem homens nem mulheres, adultos ou crianças; ninguém, além de mim, parou e sorriu para o céu. De braços abertos e olhos cerrados, sentindo a água me purificar, sentindo a paz me encharcar.
Na chuva, lá estava eu, sorrindo em paz, saboreando a calma.

Nenhum comentário:

Postar um comentário