terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Memorial de memórias vivíssimas.

Éramos tão jovens e também tão orgulhosos de nós mesmos
Nos achávamos tão superiores aos outros, e talvez fôssemos.
Eras tão bela e também tão sábia, minha querida
Não exatamente com números e figuras de linguagem, mas com a vida.
Não gostavas muito das ciências
Mas meu coração tu ouvias.

Não era fã das pieguices românticas que todo mundo dizia
Mas com meus versos teu coração se derretia.
Foste a maior musicista que já existiu em meu mundo
Quando eu ouvia teus acordes, o universo parava por um segundo.
Quem te via passar sabia que tinhas algo de diferente
Tinhas a mim, o que bastava para ficares contente.

Mas hoje já não me tem mais
O que basta para acabar minha paz.
Acabamos, minha flor, eu bem sei
Já tu, não sabes quantas lágrimas derramei.
Partiste, ó flor, e deixaste apenas tristeza e algumas vivíssimas memórias
Que em minhas obras contarei, disfarçadas de ficcionais histórias.

Ó, minha flor, por certo foste diferente
Me amaste, coisa inédita em minha vida
Adeus, ó flor.

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