domingo, 28 de abril de 2013

Lar

Me aninhei no teu abraço,
me escondi no teu abraço,
me afoguei no teu abraço.
No teu abraço,
eu chorei.

Não era medo, 
toda minha vida tive medo.
Era coragem, braveza.
É isso que sinto ao teu lado,
sinto vida, vontade de ser melhor.
De brigar por tudo
brigar por ti.

Os ônibus passavam por nós,
os carros, o tempo
a vida
que podia me levar, levar pra longe.
Pra casa.

Não era medo, 
não era angústia.
Como fiquei feliz.
Fiquei, feliz.

Eu te perguntei qualquer coisa,
esperando qualquer resposta.
Pra poder sorrir,
e lhe dizer.
"Então eu vou ficar."

E se por acaso passou por tua cabeça
se me arrependeria por não ir pra casa,
eu lhe respondo, meu bem:

Estou contigo,
estou feliz.
Não estou em casa,
mas estou no lar.

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