terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Poema da flor.

N'um triste e cinza jardim,
vejo uma flôr manhosa.
"Nunca vi uma flôr assim!
É mais bela que uma rosa."
Digo surpreso.
"E tão perfumada quanto uma violeta.
Será que posso levá-la para casa?"
"Por que não tentas?"
"Oh! Você fala! Não me diga."
"Falo sim, mas são só palavras...
sou frágil como uma margarida."

E todos os dias encontravamo-nos lá,
e perdiamos horas a conversar.
Com seu brilho ela me fez seu girassol.
Só queria saber dela, esqueci dos amigos e do futebol.

Um dia eu finalmente fiz a pergunta que tanto me atiçou:
"Responda-me algo, que flôr tu és, pequenina?"
"Oh! Que flôr sou?
Oras, flôr nenhuma... sou apenas uma menina."

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