terça-feira, 16 de novembro de 2010

No funeral.

A chuva cai do céu.
E dos olhos dos meus amigos.

O frio está no vento.
E no meu peito já sem vida.

A oração não consola.
O silêncio ensurdece.

Se eu pudesse dizer uma última coisa.
Vejo agora que não seria:
"Não chorem, eu quero que sorriam."
Pois, a realidade, a morte, é diferente.
"Chorem, mas não por me perderem,
chorem porque eu os perdi.
E estou sozinho aqui,
para sempre.
Sem vocês.
Sem deuses.
Sem paz."

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